NÓS E O CELULAR
Recentemente uma jovem (~30 anos) contraiu câncer de mama, e teve que removê-la cirurgicamente. Indignados e atônitos, os pais pressionaram os médicos para explicar o porquê da doença (afinal, jovem, rica, bem alimentada, saudável, sem vícios, praticante de esportes, 'nao tem' porquê adoecer...). Os médicos nao tiveram resposta... Encurtando uma longa história, descobriu-se: Com receio de ter o celular furtado, a moça o guardava dentro do sutiã - no mesmo lado da mama perdida!
Minha irma caçula, profissional da saúde em hospital, há meses vinha sentindo dores no quadril, sem motivo aparente. Um dia, seu celular deixou de funcionar. Levou alguns dias até que comprasse outro, e - coincidência ou nao - durante aqueles dias a dor desapareceu. Tao logo recebeu o novo aparelho, as dores voltaram. Intrigada, resolveu nao carregá-lo mais no bolso do avental, e confirmou a suspeita: havia, sim, relaçao direta entre as dores e a proximidade com o celular!
Até recentemente nao se sabia quê males de longo prazo poderiam estar associados às radiaçoes emanadas pelo celular. Minha irma nao foi a única a observar o fenômeno, seja com dores no quadril, de cabeça ou outras queixas. Os casos se tornam mais e mais frequentes...
Fabricantes de celulares recomendam escolhê-los pelo menor SAR (Specific Absorption Rate), que apenas estima o calor da radiaçao que penetra a cabeça do usuário - apenas um dos componentes preocupantes. O nível SAR não mede o risco pelas frequências do celular, o pulso errático e modulação dos sinais, ou os campos magnéticos criados pelas baterias. Sabe-se hoje que muitos dos efeitos são não-térmicos!
A frequência das ondas celulares se situa entre aquelas emitidas por rádios FM e aquelas dos fornos de microondas, todas consideradas formas "não-ionizantes" de radiação. Quando se usa o celular, ele envia radiofrequência (ondas RF) para as torres celulares vizinhas e recebe ondas RF em retorno.
O fabricante de uma das marcas mais populares desrecomenda o contato direto do aparelho com o corpo. No website eles alertam: Para reduzir exposição a energia RF, prefira usar a opção hands-free, como o alto-falante, os headphones fornecidos ou acessórios similares. Carregue o aparelho pelo menos 5 mm afastado do corpo para assegurar que os níveis de exposição permaneçam abaixo dos níveis testados (mas, cá-tre-nóis... 5 mm nao parece piada?!?).
O número de celulares no mundo é maior do que os seus oito bilhões de habitantes. A indústria de celulares é multi-bilionária, e - claro - não lhe interessa que os fatos científicos cheguem ao conhecimento do consumidor.
Cabe, então, a cada usuário minimizar os efeitos nocivos:
- Reduza o uso do celular, e mantenha-o desligado sempre que puder.
- Sempre que possível, prefira usar o alto-falante ou fones de ouvido. Evite o contato com sua cabeça para minimizar a radiação que penetra sua cabeça.
- Mantenha o celular tão distante do corpo quanto possível, e evite carregá-lo no bolso.
- Em casa ou no trabalho, prefira telefone fixo.
- Evite o uso do celular quando o sinal estiver fraco.
- As partes metálicas do carro ampliam a radiação. Limite o uso do celular dentro do carro.
- Se a ligação for inevitável em condições desfavoráveis, limite sua duração a menos de dois minutos.
(v. tb. www.telefoneXcelular.blogspot.com )
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dr VIC JOHNSON
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